quarta-feira, 9 de junho de 2010

8 - ARTICULAÇÕES ENTRE AS ÁREAS DO CONHECIMENTO E TECNOLOGIA - Articulando saberes e transformando a prática

Na mesma direção proposta por Beatriz Corso Magdalena, Maria Elizabette Brisola Brito Prado, no artigo Articulações entre áreas de conhecimento e tecnologia. Articulando saberes e transformando a prática, evidencia que na resolução de problemas ou no trabalho com projetos, há de se identificar e compreender os conceitos e as estratégias envolvidos, bem como proporcionar o desenvolvimento de competências e habilidades. Tais atividades, com o uso das TIC, permitem explorar as novas formas de interpretar e representar o conhecimento.

7 - CIÊNCIA DA NATUREZA, MATEMÁTICA E TECNOLOGIA - A interação como padrão comum entre as ciências da natureza e a tecnologia

Beatriz Corso Magdalena, no artigo Ciência da natureza, matemática e tecnologia. A integração como padrão comum entre as ciências da natureza e a tecnologia, propõe mudança radical nas grades curriculares e no trabalho pedagógico, que passa a ter como eixo as dúvidas e as indagações dos alunos em função de hipóteses levantadas sobre a realidade. Neste trabalho, o envolvimento do aluno, sujeito ativo e construtivo, é viabilizado no desenvolvimento de projetos de aprendizagem cooperativa e resolução de problemas com o uso de TIC.

6 - CIÊNCIA DA NATUREZA, MATEMÁTICA E TECNOLOGIA. As novas tecnologias no ensino das ciências no Ensino Médio

No artigo Ciência da natureza, matemática e tecnologia. As novas tecnologias e sua expressiva contribuição para o ensino das ciências no Ensino Médio, Vera Lúcia Duarte de Novais vislumbra no uso das TIC na escola as alternativas para o professor superar o distanciamento entre as demandas sociais e sua atuação, explorando as possibilidades de acesso instantâneo a informações atualizadas e a resultados de pesquisas oriundos de variados locais e instâncias produtoras. Assim, a escola pode se conectar com o mundo, o professor pode acompanhar a evolução das ciências e orientar adequadamente o aluno para que atribua sentido aos conceitos em estudo e compreenda a relevância social dos conhecimentos de distintas áreas da ciência.

5 - PRÁTICA E FORMAÇÃO DE PROFESSORES NA INTEGRAÇÃO DAS MÍDIAS. Prática pedagógica e formação de professores com projetos

Maria Elizabeth Bianconcini de Almeida, em seu artigo Prática e formação de professores na integração de mídias. Prática pedagógica e formação de professores com projetos: articulação entre conhecimentos, tecnologias e mídias, explora três aspectos fundamentais para a formação de professores relacionados com a compreensão das contribuições propiciadas pela integração de distintas mídias à prática pedagógica: registro de intenções, processos e produções; integração de tecnologias e mídias de acordo com suas características constitutivas; identificação de conceitos mobilizados nas atividades e nos projetos.

4 - REVALORIZAÇÃO DO LIVRO DIANTE DAS NOVAS MÍDIAS.Veículos e linguagens do mundo contemporâneo: a educação do leitor para as encruzilhadas da mídia

O artigo de Ezequiel Theodoro da Silva intitulado Revalorização do livro diante das novas mídias. Veículos e linguagens do mundo contemporâneo: a educação do leitor para as encruzilhadas da mídia mostra a importância da educação para a cultura das mídias e da ressignificação de tecnologias convencionais diante do surgimento constante de novas tecnologias. Embora a comunicação por meio da escrita se vá transformando com a disseminação dos novos meios de comunicação e informação, a prática da leitura criteriosa continua indispensável e imprescindível para compreender as linguagens veiculadas pelas distintas mídias e adentrar criticamente as informações que permeiam a vida cotidiana.

3 - PESQUISA, COMUNICAÇÃO E APRENDIZAGEM COM O COMPUTADOR - O papel do computador no processo ensino-aprendizagem

José Armando Valente, em seu artigo Pesquisa, comunicação e aprendizagem com o computador: o papel do computador no processo ensino-aprendizagem, analisa as questões técnicas e pedagógicas envolvidas no uso das TIC na educação, mostrando que o grande desafio das novas tecnologias que vão ficando velhas sem que tenham sido devidamente apropriadas pelos professores é que o surgimento de outras tecnologias poderão causar impactos imprevisíveis. Há de se investir na preparação de professores para que possam compreender as características constitutivas das tecnologias disponíveis para combinar e integrar adequadamente o conhecimento técnico com propostas pedagógicas inovadoras.


Este texto nos mostra a possibilidade de três grandes aplicações do computador na educação: para buscar e acessar informação e para se comunicar com outras pessoas, ou estabelecer relações de cooperação na resolução de problemas. No entanto, antes de iniciarmos esta discussão, é importante entender a distinção fundamental entre alguns conceitos como informação e conhecimento e entre ensinar e aprender.

2 - APRENDER COM O VÍDEO E A CÂMERA. Para além das câmeras, as idéias

Com as lentes e as câmeras voltadas em outra direção, Laura Maria Coutinho, no artigo Aprender com o vídeo e a câmera. Para além das câmeras, as idéias, traz importante contribuição à pedagógica de projetos, fazendo um zoom sobre a integração entre linguagens e mídias, propondo um diálogo que ilumine e articule as distintas formas de expressão propiciadas pelas características de cada uma delas, quando se permite aos alunos o uso de distintas tecnologias como protagonistas de suas produções.

A famosa frase "o cinema é uma câmera na mão e uma idéia na cabeça", de Glauber Rocha, talvez visualiza-se númeras possibilidades de uso de narrativas audiovisuais que as novas câmeras de vídeo trariam, portanto as idéias são o carro chefe para para muitas criações.

As escolas podem ser as oficinas que engendram a nova cultura se professores e alunos aprenderem a superar as intransigências com relação a tudo que é novo.

1- PEDAGOGIA DE PROJETOS: fundamentos e implicações


"Se fizermos do projeto uma camisa-de-força para todas as atividades escolares, estaremos engessando prática pedagógica. " (Almeida, 2001)

O artigo Pedagogia de projetos: fundamentos e implicações, de Maria Elisabette Brisola Brito Prado, traz à tona a discussão sobre como conceber e tratar a conexão entre os distintos cenários em que se trabalham projetos na escola, mantendo a coerência conceitual entre estes de modo que sejam reconstruídas novas formas de ensinar e aprender que incorporem distintas mídias e conteúdos curriculares dentro de uma abordagem construcionista.


Atualmente, uma das temáticas que vêm sendo discutidas no cenário educacional é o trabalho por projetos. Mas que projeto? O projeto político-pedagógico da escola? O projeto de sala de aula? O projeto do professor? O projeto dos alunos? O projeto de informática? O projeto da TV Escola? O projeto da biblioteca? Essa diversidade de projetos que circula freqüentemente no âmbito do sistema de ensino muitas vezes deixa o professor preocupado em saber como situar sua prática pedagógica em termos de propiciar aos alunos uma nova forma de aprender integrando as diferentes mídias nas atividades do espaço escolar.

Na pedagogia de projetos, o aluno aprende no processo de produzir, levantar dúvidas, pesquisar e criar relações que incentivam novas buscas, descobertas, compreensões e reconstruções de conhecimento. Portanto, o papel do professor deixa de ser aquele que ensina por meio da transmissão de informações, para criar situações de aprendizagem que incida em relações no processo, sendo o professor um mediador.

terça-feira, 1 de junho de 2010

sábado, 29 de maio de 2010

TRABALHO EM EQUIPE

REPENSAR AS SITUAÇÕES DE APRENDIZAGEM: o fazer e o compreender

VALENTE, José Armando. Repensar as situações de aprendizagem: o fazer e o compreender.Boletim Salto para o Futuro, Brasília, 2002. Tecnologia e educação: novos tempos, outros rumos. Disponível em: . Acesso em: 7 ago. 2008.




Piaget foi a gênese e a evolução do conhecimento, daí originando as teorias sociointeracionistas, elaboradas por diferentes autores como Freire (1970), Vygotsky (1991), Wallon (1989), e que entendem o conhecimento como algo que é construído pelo sujeito, em interação com o mundo dos objetos e das pessoas.
Embora estas teorias entendam o conhecimento como fruto da interação com o meio, faz-se necessário compreender e questionar a especificidade desta interação.

Fazer e compreender

Os processos de ensino-aprendizagem ainda são muito baseados na ideia de que o aluno demonstra que aprendeu se ele é capaz de aplicar com sucesso as informações adquiridas. Porém, o fato de ele ser bem-sucedido não significa necessariamente que ele tenha compreendido o que fez. Piaget observou que há uma diferença entre o fazer com sucesso e o compreender o que foi feito.

A solução para uma educação que prioriza a compreensão é o uso de objetos e atividades estimulantes para que o aluno possa estar envolvido com o que faz. Tais alunos e objetos devem ser ricos em oportunidades, que permitam ao estudante explorá-las e, ainda, possibilitar aberturas para o professor desafiá-lo e, com isso, incrementar a qualidade da interação com o que está sendo feito. Uma solução que tem sido bastante explorada atualmente é a educação por meio de projetos educacionais.

O educador deve estar preparado e saber intervir no processo de aprendizagem do aluno, para que ele seja capaz de transformar as informações (transmitidas e/ou pesquisadas) em conhecimento, por meio de situações-problema, projetos e/ou outras atividades que envolvam ações reflexivas. O importante é que haja um movimento entre estas duas abordagens pedagógicas de forma articulada, propiciando ao aluno vivenciar o fazer e o compreender e, consequentemente, a (re)construção do conhecimento.

Como educadores precisamos estar preparados para recriar a nossa prática, articulando diferentes interesses e necessidades dos alunos, o contexto, a realidade e a a intencionalidade pedagógica. Devemmos estar consciente da direção que as atividades educacionais devem assumir e que objetivos devem ser atingidos.

PROJETO: uma nova cultura de aprendizagem

Reflexões extraídas do texto de Maria Elizabeth Bianconcini de Almeida
PUC/SP, Julho, 1999


Para desenvolver a prática pedagógica por meio de projetos precisamos conceber a forma envolvendo o aluno, o professor e os recursos disponíveis, inclusive as novas tecnologias e as demais interações entre os seus elementos, propiciando o desenvolvimento da autonomia do aluno e a construção de conhecimentos das diversas áreas do saber, através de busca, compreensão, representação de informações significativas e resolução de uma situação problema, criando um ambiente para promover a interação entre todos os elementos.

Esta nova cultura de aprendizado é uma mudança radical que deve tornar a escola capaz de:

  • atender às demandas da sociedade;
  • considerar as expectativas, potencialidades e necessidades dos alunos;
  • criar espaço para que professores e alunos tenham autonomia para desenvolver o processo de aprendizagem de forma cooperativa, com trocas recíprocas, solidariedade e liberdade responsável;
  • desenvolver as capacidades de trabalhar em equipe, tomar decisões, comunicar-se com desenvoltura, formular e resolver problemas relacionados com situações contextuais;
  • desenvolver a habilidade de aprender a aprender, de forma que cada um possa reconstruir o conhecimento, integrando conteúdos e habilidades segundo o seu universo de conceitos, estratégias, crenças e valores;
  • incorporar as novas tecnologias não apenas para expandir o acesso à informação atualizada, mas principalmente para promover uma nova cultura do aprendizado por meio da criação de ambientes que privilegiem a construção do conhecimento e a
    comunicação.

O professor que trabalha com projetos de aprendizagem respeita os diferentes estilos e ritmos de trabalho dos alunos desde a etapa de planejamento, escolha do tema e respectiva problemática a ser investigada. Não é o professor quem planeja para os alunos executarem, ambos são parceiros e sujeitos de aprendizagem, cada um atuando segundo o seu papel e nível de desenvolvimento.

O professor é o consultor, articulador, mediador, orientador, especialista e facilitador do processo em desenvolvimento pelo aluno. A criação de um ambiente de confiança, respeito às diferenças e reciprocidade, encoraja o aluno a reconhecer os seus conflitos e a descobrir a potencialidade de aprender a partir dos próprios erros.

Da mesma forma, o professor não terá inibições em reconhecer seus próprios conflitos, erros e limitações e em buscar sua depuração, numa atitude de parceria e humildade diante do conhecimento que caracteriza a postura interdisciplinar.

A partir de uma mudança pessoal e profissional é que se começa a refletir sobre a mudança da escola para uma escola que incentive a imaginação criativa, favoreça a iniciativa, a espontaneidade, o questionamento e a inventividade, promova e vivencie a cooperação, o diálogo, a partilha e a solidariedade.

Mas, para transformar o sistema educacional é preciso que essa reciprocidade extrapole os limites da sala de aula e envolva todos que constituem a comunidade escolar: dirigentes, funcionários administrativos, pais, alunos, professores e a comunidade na qual a escola encontra-se inserida.

quinta-feira, 27 de maio de 2010

ENSINAR E APRENDER COM O COMPUTADOR: a articulação inter-trans-disciplinar

ALMEIDA, Maria Elizabeth Bianconcini de. Ensinar e aprender com o computador: a articulação inter-trans-disciplinar. Boletim Salto para o Futuro, Brasília, 1999. Informática na educação.

A introdução dos computadores no processo de ensino e da aprendizagem traz em seu bojo a questão da mudança da escola e da atuação do professor.

Nesse contexto, professor e alunos possuem autonomia para desenvolver o ensino aprendizagem de forma cooperativa, com trocas recíprocas, respeito mútuo e liberdade responsável.

As novas tecnologias, as TICs são usadas para expandir o acesso à informação atualizada e principalmente promover de ambientes de aprendizagem que privilegiam a construção do conhecimento, a comunicação e a inter-relação entre as disciplinas.

Tudo isso implica em um processo de investigação, representação, reflexão, descoberta e construção do conhecimento no qual as novas tecnologias (softwares), são empregados de acordo com os objetivos da atividade. Porém, para instigar, desafiar o aluno a buscar construir o conhecimento com o computador, o professor precisa ter conhecimento do que os recursos disponíveis oferecem em termos de ferramentas e estruturas.

O professor tem a oportunidade de vivenciar distintos papéis, como o de aprendiz e observador de outro professor e de mediador com seus alunos.

COMO SE TRABALHA COM PROJETOS

ALMEIDA, Maria Elizabeth. Como se trabalha com projetos. Revista TV Escola, [S.l.], n. 22, p. 35-38, 2001. Entrevista concedida a Cláudio Pucci. Disponível em: . Acesso em: 12 jul. 2009.

O trabalho com projeto permite romper com as fronteiras disciplinares, favorecendo o estabelecimento de elos entre as diferentes áreas do conhecimento numa situação contextualizada de aprendizagem. No entanto, muitas vezes é atribuído valor para as práticas interdisciplinares, de tal maneira que passa a negar qualquer atividade disciplinar, o que constitui uma visão equivocada. Fazenda (1994) enfatiza que a ação interdisciplinar fortalece as disciplinas sem que haja perda da identidade das mesmas.

Trabalhar com projetos significa explicitar uma intencionalidade em um plano flexível e aberto ao imprevisível. O plano é a espinha dorsal das ações que se complementam no andamento das investigações e descobertas que não se fecham a uma única área do conhecimento e tornam permeáveis suas fronteiras.

Conforme ALMEIDA, Maria Elizabeth, não se deve confundir atividade temática com projeto. Deve-se antes de tudo negociar e conquistar os alunos para o tema do trabalho, eles são sujeitos da aprendizagem e os professores, seus parceiros.

Projeto é um design, um esboço daquilo que desejo atingir. Está sempre comprometido com ações, porém deve ser aberto e flexível ao novo, às mudanças, reformulá-lo de acordo com as necessidades e interesses dos envolvidos. O aluno deve ser sujeito da sua aprendizagem, ativo e autônomo para criar.

INTERDISCIPLINARIDADE - Refletindo sobre algumas questões

(Conteúdo, unidade1-Eixo1-Texto 13)

O trabalho por projeto caracteriza-se por uma situação de aprendizagem abrangente, que potencializa a interdisciplinaridade e a transversalidade. Para o aluno pesquisar e estudar sobre um tema, uma problemática ou questão de investigação ele precisa estabelecer relações significativas entre conhecimentos de áreas distintas.
A Interdisciplinaridade é a integração de dois ou mais componentes curriculares na construção do conhecimento de forma global, ou seja, rompendo com os limites das disciplinas. Para isto é necessário desenvolver uma postura interdisciplinar diante do conhecimento, que envolve mudança de atitude, de inclusão; superando a dicotomia entre ensino e pesquisa, a prática e a teoria. (FAZENDA, 1998).
A transversalidade pode potencializar situações que valorizam as relações humanas e sociais mais urgentes. Trabalhar transversalmente é permitir que o aluno aprenda conteúdos disciplinares na resolução de problemas de forma contextualizada e entendendo a problemática social e as possibilidades de soluções para os problemas sociais.
O trabalho por projetos permite romper com as fronteiras disciplinares, favorecendo o estabelecimento de elos entre as diferentes as diferentes áreas do conhecimento numa situação contextualizada de aprendizagem.
O conhecimento específico - disciplinar - permite que o aluno compreenda e reconheça as particularidades de um determinado conteúdo e o conhecimento integrado - interdisciplinar - possibilita estabelecer relações significativas entre o conhecimento. Ambos se realimentam e um não existe sem o outro.
Existe na interdisciplinaridade um tipo de interação entre as disciplinas ou áreas do conhecimento. Conforme Japiassú (1976) pode ocorrer em diferentes níveis como multidisciplinaridade, pluridisciplinaridade, interdisciplinaridade e transdisciplinaridade.

domingo, 18 de abril de 2010

CURSO: ELABORAÇÃO DE PROJETOS - PROINFO

Neste curso, vamos estudar sobre Projetos fazendo um resgate histórico para conhecer suas características metodológicas e suas implicações nos processos de ensino e aprendizagem, integrando o uso das tecnologias e mídias.

CONCEITO DE PROJETO

O que é projeto?

É uma construção própria do ser humano que busca uma nova situação para satisfazer seus sonhos, seus ideais ou mesmo para responder às suas indagações no sentido de melhor compreendê-las.
Desenvolver projetos envolve antever ações necessárias para transformar uma problemática em uma situação desejada. “....entende-se por projeto um modo de agir do ser humano que define quem ele pretende ser e como se lançar em busca de metas” (MACHADO, 2000).
No processo de realização das ações, ocorrem imprevistos e mudanças se fazem necessárias, mostrando com isso que o projeto traz no seu bojo as idéias de previsão de futuro, abertura para mudanças, autonomia na tomada de decisão, flexibilidade, buscando respostas aos seus questionamentos
“O projeto não é uma simples representação do futuro, do amanhã, do possível, de uma ideia; é o futuro a fazer, um amanhã a concretizar, um possível a transformar em real, uma ideia a transformar em ato" ( MACHADO, 2000).
Vamos conhecer as idéias de alguns educadores que influenciaram a educação. Muitos deles continuam presentes e ressignificados nas propostas atuais do trabalho com projetos em sala de aula.

JOÃO PESTALOZZI (1746-18270) – Nasceu em Zurique na Suiça, defensor da educação pública. Quando era estudante ao ler Emílio Rousseau teve o sentimento de que a educação podia elevar os homens e desenvolveu uma educação com afeto. Para ele os sentimentos tinham o poder de despertar o processo de aprendizagem autônoma da criança. Ninguém acreditou mais que Pestalozzi no poder da educação para aperfeiçoar o indivíduo e a sociedade com o seu entusiasmo, influenciou reis e governantes a pensarem na educação do povo.

FRIEDRICH FROEBEL (1782-1852) – Alemão, sua idéias reformularam a educação, foi um dos primeiros educadores a considerar o início a infância como uma fase de importância decisiva para a formação das pessoas. A essência de sua pedagogia são as idéias de atividade e liberdade.
Trabalhou com Pestalozzi, e embora influenciado por ele, foi totalmente independente e crítico, formulando seus próprios princípios educacionais. Seus ideais educacionais foram considerados politicamente radicais e, durante alguns anos, foram banidos da Prússia.
Em 1837 Fröebel abriu o primeiro jardim de infância, onde as crianças eram consideradas como plantinhas de um jardim, do qual o professor seria o jardineiro. A criança se expressaria através das atividades de percepção sensorial, da linguagem e do brinquedo. A linguagem oral se associaria à natureza e à vida.
Frobel foi um defensor do desenvolvimento genético. Para ele o desenvolvimento ocorre segundo as seguintes etapas:
• a infância
• a meninice
• a puberdade
• a mocidade
• a maturidade
Todas estas fases eram igualmente importantes. Observava portanto a gradação e a continuidade do desenvolvimento, bem como a unidade das fases de crescimento. Enfim, a educação da infância se realiza através de três tipos de operações:
• a ação,
• o jogo
• o trabalho.
Fröebel foi o primeiro educador a enfatizar o brinquedo, a atividade lúdica, a apreender o significado da família nas relações humanas.


Ovide Decroly (1871-1932)

Este médico e educador belga defendia a idéia de que as crianças apreendem o mundo com base em uma visão do todo

No campo da expressão, Decroly dedicou muita atenção à questão da linguagem


Frases de Ovide Decroly:

“Convém que o trabalho das crianças não seja uma simples cópia; é necessário que seja realmente a expressão de seu pensamento”

“O meio natural é o verdadeiro material intuitivo capaz de estimular forças escondidas da criança”

Sua pedagogia tinha um caráter naturalista e psicológico, visando o desenvolvimento infantil e sua adequada educação. Para tanto, focalizava o ensino sob o ângulo intelectual. Sua educação se pautava no aprendizado da leitura, do calculo etc.

Destaca-se pelo valor que deu ao desenvolvimento infantil. Para ele, a educação não se constitui de uma preparação para a vida adulta. A criança deve, segundo Decroly, resolver as dificuldades compatíveis ao seu momento de vida. Dizia que a necessidade gera o interesse, verdadeira motivação para a busca do conhecimento.

Pelo seu método, mais conhecido como Centros de Interesse, a criança aprendia por observação, associação e expressão. A educação ocorria inspirada pelo cotidiano. Do ato de comer, por exemplo, poderia surgir o estudo da alimentação, a origem dos alimentos, sua classificação, o preparo e a produção. Decroly transformou a maneira de aprender e ensinar, adequando-as à psicologia infantil, apesar de seus críticos dizerem que ele enxergava nas crianças necessidades que, na verdade, eram dos adultos.



Maria Montessori (1870-1952)
Nasceu em Chiaravalle, no norte da Itália, morreu aos 81 anos
.

Segundo a visão pedagógica da pesquisadora italiana, o potencial de aprender está em cada um de nós


Maria Montessori priorizava os anos iniciais de aprendizado

Frase de Maria Montessori:

“A tarefa do professor é preparar motivações para atividades culturais, num ambiente previamente organizado, e depois se abster de interferir.”

Maria Montessori, filha única de um casal de classe média. Desde pequena se interessou pelas ciências e decidiu enfrentar a resistência do pai e de todos à sua volta para estudar medicina na Universidade de Roma. Direcionou a carreira para a psiquiatria e logo se interessou por crianças com retardo mental, o que mudaria sua vida e a história da educação.

Primeira mulher a se formar em medicina em seu país, foi também pioneira no campo pedagógico ao dar mais ênfase à auto-educação do aluno do que ao papel do professor como fonte de conhecimento. Ela acreditava que a educação é uma conquista da criança, pois percebeu que já nascemos com a capacidade de ensinar a nós mesmos, se nos forem dadas as condições.

O material dourado foi um dos muitos materiais idealizados por ela, que é usado ainda hoje no trabalho com matemática.


John Dewey (1859-1952)
O filósofo norte-americano defendia a democracia e a liberdade de pensamento como instrumentos para a manutenção emocional e intelectual das crianças
Dewey é o nome mais célebre da corrente filosófica que ficou conhecida como pragmatismo

Frases de John Dewey:
“O professor que desperta entusiasmo em seus alunos conseguiu algo que nenhuma soma de métodos sistematizados, por mais corretos que sejam, pode obter”

“A meta da vida não é a perfeição, mas o eterno processo de aperfeiçoamento, amadurecimento e refinamento."


John Dewey nasceu em 1859 em Burlington, uma pequena cidade agrícola do estado norte-americano de Vermont. Na escola, teve uma educação desinteressante e desestimulante, o que foi compensado pela formação que recebeu em casa. Ainda criança, via sua mãe confiar aos filhos pequenas tarefas para despertar o senso de responsabilidade”

Escreveu sobre filosofia e Educação, além de arte, religião, moral, teoria do conhecimento, psicologia e política. Seu interesse por pedagogia nasceu da observação de que a escola de seu tempo continuava, em grande parte, orientada por valores tradicionais, e não havia incorporado as descobertas da psicologia, nem acompanhara os avanços políticos e sociais.
Quantas vezes você já ouviu falar na necessidade de valorizar a capacidade de pensar dos alunos? De prepará-los para questionar a realidade? De unir teoria e prática? De problematizar? Se você se preocupa com essas questões, já esbarrou, mesmo sem saber, em algumas das concepções de John Dewey, filósofo norte-americano que influenciou educadores de várias partes do mundo. No Brasil inspirou o movimento da Escola Nova, liderado por Anísio Teixeira, ao colocar a atividade prática e a democracia como importantes ingredientes da educação.

Dewey é o nome mais célebre da corrente filosófica que ficou conhecida como pragmatismo, embora ele preferisse o nome instrumentalismo – uma vez que, para essa escola de pensamento, as idéias só têm importância desde que sirvam de instrumento para a resolução de problemas reais. No campo específico da pedagogia, a teoria de Dewey se inscreve na chamada educação progressiva. Um de seus principais objetivos é educar a criança como um todo. O que importa é o crescimento – físico, emocional e intelectual.

O princípio é que os alunos aprendem melhor realizando tarefas associadas aos conteúdos ensinados. Atividades manuais e criativas ganharam destaque no currículo e as crianças passaram a ser estimuladas a experimentar e pensar por si mesmas.


William Heard Kilpatrick

Kilpatrick nasceu nos EUA em 1871 e é considerado um dos mais destacados pedagogos contemporâneos.
Discípulo de Dewey, destacou-se principalmente pelo seu trabalho no "Método de Projetos."
Para Kilpatrick, não basta a atenção, é necessário também a intenção, pois esta torna o educando agente que prepara e executa.
O projeto consiste em atividade intencionada em que os próprios alunos fazem algo num ambiente natural, integrando ou globalizando o ensino. Por exemplo, através da construção de uma casinha de coelhos, podem ser ministrados vários ensinamentos: geometria, desenho, cálculo, história natural, etc.

ASPECTOS GERAIS DOS PROJETOS
a) Não existe passos formais, ordem pré-estabelecida, nos projetos. Existe contudo uma seqüência natural de passos: imaginar alguma coisa, projetá-la claramente, recorrendo à informação e à pesquisa, executá-la e julgá-la.
b) Convêm que os projetos sejam propostos pelos próprios alunos e orientados pelo professor. Se não houver iniciativa da classe, o professor fará propostas.
c) O projeto implica ensino globalizado. Não há disciplinas isoladas.
d) O projeto conduz ao trabalho em comunidade. A tarefa nunca é de um só, mas de toda a classe ou de grupos.
e) Proposto o trabalho, o professor torna-se um conselheiro discreto, atendendo solicitações, encaminhando, estimulando neste ou naquele ponto. Orientar sempre, sem contudo impor ou inibir iniciativas.
f) O sistema de projetos não oferece desculpas para a indulgência ou mero capricho dos alunos, nem justificações para a indisciplina ou desculpa para o trabalho descuidado.


Célestin Freinet (1896-1966)

"O mestre do trabalho e do bom senso, criou uma pedagogia do trabalho"

O educador francês desenvolveu atividades hoje comuns, como as aulas-passeio e o jornal de classe, e criou um projeto de escola popular, moderna e democrática.

Muitos dos conceitos e atividades escolares idealizados pelo pedagogo francês Célestin Freinet, se tornaram tão difundidos que há educadores que os utilizam sem nunca ter ouvido falar no autor. É o caso das aulas-passeio (ou estudos de campo), dos cantinhos pedagógicos e da troca de correspondência entre escolas.

Freinet se inscreve, historicamente, entre os educadores identificados com a corrente da Escola Nova, que, nas primeiras décadas do século 20, se insurgiu contra o ensino tradicionalista, centrado no professor e na cultura enciclopédica, propondo em seu lugar uma educação ativa em torno do aluno. Para ele, a atividade é o que orienta a prática escolar e o objetivo final da educação é formar cidadãos para o trabalho livre e criativo, capaz de dominar o meio e emancipar quem o exerce.

Na teoria do educador francês, o trabalho e a cooperação vêm em primeiro plano, a ponto de ele defender, que “não é o jogo que é natural da criança, mas sim o trabalho”. Seu objetivo declarado é criar uma “escola do povo”.


Paulo Freire (1921-1997)

Paulo Reglus Neves Freire, educador brasileiro. Nasceu no dia 19 de setembro de 1921, no Recife, Pernambuco.


Por seu empenho em ensinar os mais pobres, Paulo Freire tornou-se uma inspiração para gerações de professores, especialmente na América Latina e na África. Pelo mesmo motivo, sofreu a perseguição do regime militar no Brasil (1964-1985), sendo preso e forçado ao exílio.

O educador apresentou uma síntese inovadora das mais importantes correntes do pensamento filosófico de sua época, como o existencialismo cristão, a fenomenologia, a dialética hegeliana e o materialismo histórico. Essa visão foi aliada ao talento como escritor que o ajudou a conquistar um amplo público de pedagogos, cientistas sociais, teólogos e militantes políticos.

A partir de suas primeiras experiências no Rio Grande do Norte, em 1963, quando ensinou 300 adultos a ler e a escrever em 45 dias, Paulo Freire desenvolveu um método inovador de alfabetização, adotado primeiramente em Pernambuco. Seu projeto educacional estava vinculado ao nacionalismo desenvolvimentista do governo João Goulart.

A carreira no Brasil foi interrompida pelo golpe militar de 31 de março de 1964. Acusado de subversão, ele passou 72 dias na prisão e, em seguida, partiu para o exílio. No Chile, trabalhou por cinco anos no Instituto Chileno para a Reforma Agrária (ICIRA). Nesse período, escreveu o seu principal livro: Pedagogia do Oprimido (1968).

A coragem de pôr em prática um autêntico trabalho de educação que identifica a alfabetização com um processo de conscientização, capacitando o oprimido tanto para a aquisição dos instrumentos de leitura e escrita quanto para a sua libertação fez dele um dos primeiros brasileiros a serem exilados.

Em 1980, depois de 16 anos de exílio, retornou ao Brasil, onde escreveu dois livros tidos como fundamentais em sua obra: Pedagogia da Esperança (1992) e À Sombra desta Mangueira (1995). Lecionou na Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) e na Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP). Em 1989, foi secretário de Educação no Município de São Paulo, sob a prefeitura de Luíza Erundina.

Doutor Honoris Causa por 27 universidades, Freire recebeu prêmios como: Educação para a Paz (das Nações Unidas, 1986) e Educador dos Continentes (da Organização dos Estados Americanos, 1992).


Jean Piaget (1896-1980)

Sua teoria chamada de Epistemologia Genética ou Teoria Psicogenética é a mais conhecida concepção construtivista da formação da inteligência.
Jean Piaget, em sua teoria, explica como o indivíduo, desde o seu nascimento, constrói o conhecimento.

O biólogo que pôs a aprendizagem no microscópio.
O cientista suíço revolucionou o modo de encarar a educação de crianças ao mostrar que elas não pensam como os adultos e constroem o próprio aprendizado.

Foi o nome mais influente no campo da educação durante a segunda metade do século
20, a ponto de quase se tornar sinônimo de pedagogia.
Não existe, entretanto, um método Piaget, como ele próprio gostava de frisar. Ele nunca atuou como pedagogo. Antes de mais nada, Piaget foi biólogo e dedicou a vida a submeter à observação científica rigorosa o processo de aquisição de conhecimento pelo ser humano, particularmente a criança.
Do estudo das concepções infantis de tempo, espaço, causalidade física, movimento e
velocidade, Piaget criou um campo de investigação que denominou epistemologia genética
– isto é, uma teoria do conhecimento centrada no desenvolvimento natural da criança.

Com Piaget, ficou claro que as crianças não raciocinam como os adultos e apenas
gradualmente se inserem nas regras, valores e símbolos da maturidade psicológica. Essa
inserção se dá mediante dois mecanismos: assimilação e acomodação.

Segundo Piaget há quatro estágios básicos do desenvolvimento cognitivo: sensório-motor até 2 anos; estágio pré-operacional dos 2 aos 7 anos; estágio das operações concretas dos 7 aos 11 ou 12 anos;


Fernando Hernández
Nascido na Espanha em 1967

Há 20 anos se dedica a lutar pela inserção dos projetos de trabalho na escola e assim reorganizar o currículo por projetos, em vez das tradicionais disciplinas. Essa é a principal proposta do educador espanhol Fernando Hernández. Ele se baseia nas ideias de John Dewey (1859-1952), filósofo e pedagogo norte-americano que defendia a relação da vida com a sociedade, dos meios com os fins e da teoria com a prática.

Hernández põe em xeque a forma atual de ensinar. “Comecei a me questionar em 1982, quando uma colega me apresentou a um grupo de docentes”, lembra. “Eles não sabiam se os alunos estavam de fato aprendendo. Trabalhei durante cinco anos com os colegas e, para responder a essa inquietação, descobrimos que o melhor jeito é organizar o currículo por projetos didáticos.” O modelo propõe que o docente abandone o papel de “transmissor de conteúdos” para se transformar num pesquisador. O aluno, por sua vez, passa de receptor passivo a sujeito do processo.

É importante entender que não há um método a seguir, mas uma série de condições a
respeitar. O primeiro passo é determinar um assunto – a escolha pode ser feita partindo de
uma sugestão do mestre ou da garotada. “Todas as coisas podem ser ensinadas por meio
de projetos, basta que se tenha uma dúvida inicial e que se comece a pesquisar e buscar
evidências sobre o assunto”
, diz Hernández.

Cabe ao educador saber aonde quer chegar. Estabelecer um objetivo e exigir que as
metas sejam cumpridas, esse é papel do educador.
Por isso, Hernández alerta que não basta o tema ser “do gosto” dos alunos. Por isso, uma etapa
importante é a de levantamento de dúvidas e definição de objetivos de aprendizagem. O
projeto avança à medida que as perguntas são respondidas e o ideal é fazer anotações
para comparar erros e acertos – isso vale para alunos e professores porque facilita a tomada
de decisões. Todo o trabalho deve estar alicerçado nos conteúdos pré-definidos pela
escola e pode (ou não) ser interdisciplinar. Antes, defina os problemas a resolver. Depois,
escolha a(s) disciplina(s). Nunca o inverso.

É importante ainda frisar que há muitas maneiras de garantir a aprendizagem. Os projetos
são apenas uma delas. “É bom e é necessário que os estudantes tenham aulas expositivas,
participem de seminários, trabalhem em grupos e individualmente, ou seja, estudem
em diferentes situações”, explica Hernández.

Para Hernandez a organização do currículo deve ser feita por projetos de trabalho, com atuação conjunta de alunos e professores. As diferentes fases e atividades que
compõem um projeto ajudam os estudantes a desenvolver a consciência sobre o próprio
processo de aprendizagem, porém todo projeto precisa estar relacionado aos conteúdos
para não perder o taco. Além disso, é fundamental estabelecer limites e metas para
a conclusão dos trabalhos.

Transgressão e mudança na educação - Este livro é um convite à transgressão das barreiras que impedem o indivíduo de pensar por si mesmo, de construir uma nova relação educativa baseada na colaboração em sala de aula, na escola e com a comunidade.


Lev Vygotsky (1896-1934)

A obra do psicólogo ressalta o papel da escola no desenvolvimento mental das crianças
e é uma das mais estudadas pela pedagogia contemporânea.

Frases de Lev Vygotsky:
“O saber que não vem da experiência não é realmente saber”
“O caminho do objeto até a criança e desta até o objeto passa por outra pessoa”.

Lev Semenovitch Vygotsky nasceu em 1896 em Orsha, pequena cidade perto de Minsk,
a capital da Bielo-Rússia, região então dominada pela Rússia (e que só se tornou independente
em 1991, com a desintegração da União Soviética, adotando o nome de Belarus).


“Ele foi um pensador complexo e tocou em muitos pontos nevrálgicos da pedagogia contemporânea”,

A parte mais conhecida da extensa obra produzida por Vygotsky em seu curto tempo de vida converge para o tema da criação da cultura. Aos educadores interessa em particular os estudos sobre desenvolvimento intelectual. Vygotsky atribuía um papel preponderante às relações sociais nesse processo, tanto que a corrente pedagógica que se originou de seu pensamento é chamada de socioconstrutivismo ou sociointeracionismo.

O papel do adulto - Todo aprendizado é necessariamente mediado – e isso torna o papel do ensino e do professor mais ativo e determinante do que o previsto por Piaget e outros pensadores da educação, para quem cabe à escola facilitar um processo que só pode ser conduzido pelo próprio aluno. Segundo Vygotsky, ao contrário, o primeiro contato da criança com novas atividades, habilidades ou informações deve ter a participação de um adulto.

Ao internalizar um procedimento, a criança “se apropria” dele, tornando-o voluntário e independente.
A zona de desenvolvimento proximal é o caminho entre o que a criança consegue fazer sozinha e o que ela está perto de conseguir fazer sozinha. Saber identificar essas duas capacidades e trabalhar o percurso de cada aluno entre ambas são as duas principais habilidades que um professor precisa ter, segundo Vygotsky.

Expansão dos horizontes mentais - Como Piaget, Vygotsky não formulou uma teoria pedagógica, embora o pensamento do psicólogo bielo-russo, com sua ênfase no aprendizado, ressalte a importância da instituição escolar na formação do conhecimento.
Para ele, a intervenção pedagógica provoca avanços que não ocorreriam espontaneamente. Ao formular o conceito de zona proximal, Vygotsky mostrou que o bom ensino é aquele que estimula a criança a atingir um nível de compreensão e habilidade que ainda não domina completamente, “puxando” dela um novo conhecimento.

Vygotsky atribuiu muita importância ao papel do professor como impulsionador
do desenvolvimento psíquico das crianças.



Seymour Papert

(Pretória, nasceu em 1º de Março de 1928, na Africa do Sul) é um matemático e proeminente educador estadunidense, leciona no Massachusetts Institute of Technology (MIT).

Ele é o teórico mais conhecido sobre o uso de computadores na educação, tendo criado, na década de 1970, a linguagem de programação Logo, para crianças, quando os computadores eram muitos limitados, não existia a interface gráfica nem a internet.
É um dos pioneiros da inteligência artificial, assim como inventor da linguagem de programação LOGO (em 1968).

Na educação, Papert cunhou o termo construcionismo como sendo a abordagem do construtivismo que permite ao educando construir o seu próprio conhecimento por intermédio de alguma ferramenta, como o computador, por exemplo.
Desta forma, o uso do computador é defendido como auxiliar no processo de construção de conhecimentos, uma poderosa ferramenta educacional, adaptando os princípios do construtivismo cognitivo de Jean Piaget a fim de melhor aproveitar-se o uso de tecnologias.